O Vulcão Sabancaya, no sul do Peru, foi elevado ao nível de alerta laranja devido a um aumento significativo na sua atividade eruptiva. Esta mudança indica uma intensificação dos processos vulcânicos, com maior frequência de tremores, explosões e emissão contínua de cinzas.
Em 13 de setembro de 2025, observou-se uma coluna de erupção que ultrapassou os 5.000 metros de altitude, acompanhada por explosões notáveis e a emissão de fluxos piroclásticos. O Centro Nacional de Vulcanologia do Peru (Cenvul), parte do Instituto Geofísico do Peru (IGP), emitiu um alerta de dispersão de cinzas para os distritos próximos, alertando para os potenciais impactos na qualidade do ar e nas atividades da população local. O nível laranja de alerta significa que o vulcão está em um estado de atividade consideravelmente elevada, com aumento da atividade sísmica, explosões frequentes e emissões de cinzas que podem representar um risco para a aviação e comunidades próximas.
O Sabancaya tem apresentado atividade quase contínua desde 2016, com uma média de 30 explosões diárias, sendo considerado o segundo vulcão mais ativo do Peru. Em algumas ocasiões, as plumas de cinzas alcançaram até 8.200 metros de altitude, conforme relatado pelo Centro de Aconselhamento de Cinzas Vulcânicas de Buenos Aires. A dispersão de cinzas vulcânicas pode afetar a saúde e o meio ambiente, exacerbando problemas respiratórios e causando irritação nos olhos e pele. Em altas concentrações, as cinzas podem ser comparadas à poluição do ar urbano, exigindo medidas de proteção como o uso de máscaras e a permanência em ambientes fechados.
A cinza vulcânica também pode causar danos a aeronaves, afetando motores e visibilidade. O Peru, localizado no Círculo de Fogo do Pacífico, possui uma intensa atividade geológica, com sete de seus onze vulcões considerados ativos, sendo o Sabancaya um dos mais proeminentes nesse cenário.