Uma descoberta de fósseis no Grand Canyon revelou detalhes sobre o surgimento da vida complexa há cerca de 500 milhões de anos. Os fósseis, datados do período Cambriano (entre 507 e 502 milhões de anos atrás), incluem restos de invertebrados de corpo mole, crustáceos e priapulídeos.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge lideraram a análise dos fósseis após coletarem amostras de rochas no Grand Canyon. As rochas foram dissolvidas em ácido fluorídrico, liberando milhares de pequenos fósseis.
Entre os organismos identificados está o Kraytdraco spectatus, um priapulídeo com uma estrutura retrátil coberta de espinhos. Os priapulídeos são também conhecidos como vermes-pênis ou vermes-cacto.
Os fósseis foram encontrados na Formação Bright Angel. A descoberta representa o primeiro registro fóssil desse tipo encontrado no Grand Canyon. O Grand Canyon, na época, era um mar raso, quente e equatorial.
A análise dos fósseis revelou uma variedade de estilos de alimentação e adaptações para a captura de presas. A preservação dos tecidos moles permitiu uma compreensão detalhada da anatomia desses animais antigos.
Os cientistas acreditam que o Grand Canyon oferecia condições ideais para o florescimento e a diversificação da vida durante a explosão Cambriana.