Um projeto colaborativo foi anunciado com o objetivo de trazer de volta o moa gigante, uma ave não voadora extinta há cerca de 600 anos. A iniciativa envolve a Colossal Biosciences e o Centro de Pesquisa Ngāi Tahu.
O moa, que podia atingir até 3,6 metros de altura, desapareceu após a chegada de humanos. A Colossal Biosciences planeja extrair DNA de restos preservados de moa e reconstruir o genoma. Os cientistas compararão essas sequências com as de aves vivas e usarão a edição do genoma para introduzir características únicas.
O cineasta Sir Peter Jackson investiu mais de US$ 15 milhões no projeto. O Centro de Pesquisa Ngāi Tahu supervisionará o projeto.
A Colossal Biosciences, que também está trabalhando para trazer de volta mamutes-lanosos, planeja usar o moa como um projeto piloto para ajudar a desenvolver novas tecnologias de conservação. A empresa espera que o projeto moa leve a avanços na edição de genes e na biologia sintética, o que poderia ajudar a proteger as espécies ameaçadas de extinção.
O processo pode levar de 5 a 10 anos.
Especialistas questionam a viabilidade da desextinção e levantam preocupações sobre as implicações éticas e ecológicas da reintrodução de espécies extintas. O ecologista Stuart Pimm, da Universidade Duke, expressa preocupações sobre os riscos ecológicos e logísticos envolvidos.
Apesar das críticas, a iniciativa tem revitalizado o interesse nas tradições. O arqueólogo Kyle Davis ressaltou a importância cultural dos moas, que foram fundamentais para a mitologia local antes de sua extinção.