A Argentina celebra o retorno das ariranhas aos Esteros del Iberá, um marco na conservação da vida selvagem. A reintrodução é liderada pela Fundação Rewilding Argentina.
As ariranhas haviam desaparecido da Argentina em meados da década de 1980 devido à caça e à perda de habitat. O retorno desses animais visa restaurar o equilíbrio ecológico da região.
Sebastián Di Martino, diretor de conservação da Fundação Rewilding Argentina, destaca a importância das ariranhas na manutenção do equilíbrio das zonas úmidas. A ariranha é o principal predador aquático nesses ecossistemas e se alimenta quase que exclusivamente de peixes.
A ariranha, *Pteronura brasiliensis*, é a maior lontra do mundo, com machos que podem atingir até 1,8 metro de comprimento. A espécie é nativa da América do Sul e desempenha um papel crucial na saúde dos ecossistemas aquáticos.
A Fundação Rewilding Argentina tem trabalhado na reintrodução de espécies nativas e na restauração de ecossistemas. Em 2023, a fundação lançou o livro “Rewilding na Argentina”, que detalha seus esforços.
Os Esteros del Iberá, onde as ariranhas foram reintroduzidas, formam o segundo maior complexo de zonas úmidas do mundo. A área protegida possui cerca de 13.000 km² e abriga uma biodiversidade significativa.
O casal de ariranhas, Nima e Coco, foram soltos com seus filhotes na Laguna Paraná. Nima veio do Zoológico de Madri, na Espanha, e Coco do Zoológico de Givskud, na Dinamarca.
A reintrodução das ariranhas é um passo importante para a restauração da vida selvagem na Argentina.