Trégua Tarifária EUA-China Estendida: Um Respiro para os Mercados Globais

Editado por: Olga Sukhina

Os Estados Unidos formalizaram a extensão por mais 90 dias da suspensão temporária sobre o aumento de tarifas aplicadas a bens chineses, em uma medida que visa a criar um ambiente de maior estabilidade nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo. A decisão, oficializada em 11 de agosto de 2025, mantém as taxas tarifárias atuais, que haviam sido significativamente reduzidas em maio. Anteriormente, as tarifas americanas sobre importações chinesas podiam atingir 145%, com a China retaliando com taxas de até 125%. Agora, a trégua sustenta as tarifas em cerca de 30% para importações dos EUA para a China e 10% para importações da China para os EUA.

O impacto imediato dessa prorrogação foi sentido nos mercados financeiros globais, com uma reação particularmente positiva na Ásia. O índice Nikkei 225 do Japão, por exemplo, alcançou um novo patamar recorde em 8 de agosto de 2025, fechando em 42.718,17 pontos. Essa ascensão é impulsionada não apenas pela esperança de uma resolução comercial mais amigável, mas também pelas crescentes expectativas de que a Reserva Federal dos EUA (Fed) possa anunciar cortes em suas taxas de juros em setembro. A divulgação de dados de inflação de julho, que mostraram uma estabilidade notável com uma taxa anual de 2,7%, reforçou essa perspectiva. As negociações que levaram a esta extensão foram precedidas por encontros importantes em Genebra em maio, Londres em junho e em Estocolmo no final de julho. Nestas conversas, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o Vice-Primeiro-Ministro chinês, He Lifeng, buscaram caminhos para a resolução de disputas complexas, como acesso a mercados, proteção da propriedade intelectual e políticas de subsídios industriais.

Especialistas do setor econômico sugerem que, embora a extensão da trégua ofereça um respiro necessário, a volatilidade pode ressurgir devido às divergências subjacentes. O contexto econômico mais amplo, incluindo o déficit comercial de 262 bilhões de dólares dos EUA com a China no ano anterior, adiciona complexidade a este cenário. A extensão da trégua tarifária representa uma oportunidade valiosa para ambas as nações aprofundarem o entendimento mútuo e explorarem soluções mais harmoniosas para moldar o futuro de suas relações bilaterais e a estabilidade econômica global.

Fontes

  • Devdiscourse

  • Reuters

  • AP News

  • AINVEST

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