Na segunda-feira, 11 de agosto de 2025, os principais índices de ações asiáticos registraram uma leve alta, impulsionados por resultados corporativos robustos no setor de tecnologia.
Os investidores aguardam com expectativa o relatório do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA para julho, previsto para 11 de setembro de 2025, que deverá influenciar os movimentos do dólar e dos títulos. A trégua nas tarifas entre EUA e China, com vencimento em 12 de agosto de 2025, também permanece um foco central, com a expectativa de uma extensão de 90 dias.
Empresas de semicondutores como Nvidia e AMD concordaram em pagar 15% de suas receitas de vendas de chips de IA para a China ao governo dos EUA, buscando garantir acesso contínuo ao mercado chinês. O setor de semicondutores em geral viu uma queda, apesar das perspectivas de crescimento para 2025, com projeções de receita global atingindo US$ 697 bilhões, um novo recorde. O mercado de chips de IA, em particular, é um motor de crescimento, com a receita de HBM (High Bandwidth Memory) projetada para aumentar em até 70% em 2025.
O índice do dólar manteve-se estável em 98,25, com o euro sendo negociado em baixa em relação ao dólar, a US$ 1,1644. No mercado de commodities, os preços do ouro caíram 0,7%, para US$ 3.376,67 por onça, influenciados pela diminuição das tensões geopolíticas. Os preços do petróleo também recuaram, com o Brent caindo 0,6%, para US$ 66,22 por barril, à medida que o progresso potencial nas conversações entre EUA e Rússia sobre sanções poderia impactar as exportações de petróleo russo.
As negociações entre os presidentes dos EUA e da Rússia sobre a guerra na Ucrânia, agendadas para 15 de agosto no Alasca, geraram esperanças de um possível alívio nas sanções contra a Rússia, o que pressionou os preços do petróleo. O Nikkei japonês, apesar de o mercado estar fechado, viu seus futuros subirem para 42.465, indicando um possível recorde histórico. O índice mais amplo da MSCI de ações da Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, teve um leve aumento.
Globalmente, os mercados estão navegando em um ambiente complexo de dados econômicos, negociações comerciais e desenvolvimentos geopolíticos. A inflação nos EUA, medida pelo IPC, é esperada para mostrar um aumento em julho, com o núcleo do IPC projetado para 0,3% mensalmente e 3% anualmente, em parte devido aos impactos das tarifas. A incerteza em torno da política comercial continua a pesar sobre a confiança das empresas, a menos que um acordo comercial duradouro seja alcançado entre as duas maiores economias.