A Alphabet, controladora do Google, elevou sua participação na TeraWulf para 14% com um novo investimento de US$ 1,4 bilhão, totalizando aproximadamente US$ 3,2 bilhões. Este movimento estratégico visa fortalecer a posição da Alphabet na infraestrutura de inteligência artificial (IA) e consolida a empresa como a maior acionista da TeraWulf.
A TeraWulf, especializada em data centers sustentáveis para mineração de Bitcoin e infraestrutura de IA, expandiu sua parceria com a Fluidstack, uma plataforma de nuvem de IA. A colaboração inclui a construção de um novo data center, CB-5, que adicionará 160 MW de capacidade. A nova instalação está prevista para entrar em operação na segunda metade de 2026. Com essa expansão, a capacidade combinada da TeraWulf e Fluidstack ultrapassará 360 MW de carga crítica de TI, com potencial de gerar até US$ 16 bilhões em receita, considerando extensões de contrato.
Paul Prager, CEO da TeraWulf, destacou a importância estratégica dessa expansão, ressaltando o aprofundamento da parceria com o Google como um pilar fundamental para o desenvolvimento de infraestrutura de IA de próxima geração. Ele descreveu o apoio do Google como um "voto de confiança extraordinário de um dos players mais influentes em IA".
A TeraWulf tem se posicionado na vanguarda da convergência entre mineração de Bitcoin e infraestrutura de IA, impulsionada pela crescente demanda por poder computacional. Fundada em 2021 com foco em operações de mineração de Bitcoin ambientalmente sustentáveis, a empresa está diversificando suas fontes de receita para mitigar a volatilidade do mercado de criptomoedas e capitalizar o boom da IA. Essa transição reflete uma tendência mais ampla no setor de mineração de criptoativos, buscando estabilizar receitas através de serviços de computação de alto desempenho.
O investimento da Alphabet valida a estratégia da TeraWulf de construir infraestrutura de carbono zero e reforça a capacidade do campus de Lake Mariner, em Nova York, de atender às crescentes demandas do mercado de IA. A expansão do CB-5, projetado para cargas de trabalho de alta densidade e resfriamento líquido, aproveita as linhas de transmissão de 345 kV do local, o resfriamento sustentável por água e a conectividade de latência ultrabaixa. A construção do CB-5 está estimada entre US$ 8 a US$ 10 milhões por MW, indicando uma estratégia de crescimento agressivo. A empresa também está em discussões para futuras expansões de capacidade.