A Bulgária prepara-se para uma mudança económica significativa com a adoção do euro a 1 de janeiro de 2026, tornando-se o 21.º membro da zona euro. Esta transição é vista como um passo estratégico para revitalizar o setor do turismo, eliminando barreiras cambiais e promovendo maior clareza nos preços para visitantes internacionais. O Ministro do Turismo, Miroslav Borshosh, sublinhou a importância desta adesão para reforçar a atratividade turística do país, embora tenha reconhecido a necessidade de intensificar a campanha de informação pública para preparar cidadãos e empresas.
O país já cumpre os critérios de convergência necessários para a adoção do euro, tendo recebido o aval do Parlamento Europeu em julho de 2025. Espera-se que a introdução do euro traga benefícios tangíveis ao turismo, tornando a Bulgária um destino mais acessível e previsível para turistas da zona euro, que em 2024 representaram cerca de 30% dos visitantes estrangeiros. A Croácia, que adotou o euro em janeiro de 2023, registou um aumento de 8% nos turistas da zona euro nos primeiros oito meses após a adesão, um efeito que a Bulgária pretende replicar. A análise económica prevê um impacto mínimo na inflação, estimado em 0,3 pontos percentuais, semelhante à experiência da Eslovénia. A Bulgária opera já sob um regime de conselho monetário, o que minimiza o risco de conversão. A adoção do euro deverá atrair mais investimento estrangeiro e fortalecer as ligações comerciais, com projeções de crescimento do PIB entre 7% a 10% nos cinco anos seguintes à adesão. Apesar dos benefícios antecipados, persistem preocupações públicas sobre o aumento da inflação e dos preços, mas autoridades financeiras asseguram que medidas de proteção ao consumidor e vigilância de preços mitigarão esses receios. A Bulgária já está a implementar medidas preparatórias, como a exibição de preços em ambas as moedas e a atualização de sistemas bancários, para garantir uma transição suave.