Perfeccionismo Parental: Um Fardo para a Saúde Mental Infantil

Editado por: Liliya Shabalina

A busca incessante pela perfeição por parte dos pais pode ter consequências negativas significativas para o bem-estar psicológico dos filhos. Estudos recentes, incluindo uma análise abrangente de mais de 20.000 crianças nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, indicam um aumento alarmante de 32% na percepção de críticas e expectativas parentais nas últimas três décadas. Este período coincide com um crescimento notório no perfeccionismo parental, sugerindo uma forte ligação entre as duas tendências.

Essa pressão elevada imposta pelos pais pode atuar como um gatilho para o desenvolvimento de problemas de saúde mental em crianças e adolescentes. Condições como depressão, ansiedade e transtornos alimentares têm sido associadas a este cenário. O Professor de Psicologia Thomas Curran, da London School of Economics, um dos principais especialistas mundiais em perfeccionismo, aponta que o perfeccionismo parental pode ser um fator desencadeador para essas condições, ao criar um ambiente onde o erro é visto como uma falha inaceitável.

Estilos de parentalidade autoritária, caracterizados por altas demandas e controle rigoroso, frequentemente fomentam o desenvolvimento de um perfeccionismo desadaptativo nas crianças. Essa dinâmica pode gerar estresse significativo e contribuir para o surgimento de distúrbios alimentares. Um estudo publicado na revista Ajayu também reforça que o perfeccionismo infantil, embora menos explorado, desempenha um papel crucial nos problemas de saúde mental de crianças e adolescentes, analisando instrumentos de avaliação, achados de investigações e estratégias terapêuticas.

A Universidade Federal de Minas Gerais destacou que a expectativa parental e a crítica parental são fatores significativos que moldam o perfeccionismo infantil, podendo levar a dúvidas sobre as próprias ações e a uma busca incessante por completude. É fundamental que os pais compreendam a diferença entre a busca saudável pela excelência e o perfeccionismo prejudicial. Enquanto a primeira incentiva o esforço e o crescimento, o segundo é marcado pelo medo de falhar e pela insatisfação constante.

Ao modelar a aceitação das próprias imperfeições e ao elogiar o esforço e o processo, em vez de focar apenas no resultado final, os pais podem ajudar seus filhos a desenvolverem uma relação mais saudável com os desafios e a construírem uma autoestima robusta, livre da sombra da perfeição inatingível.

Fontes

  • Media Indonesia - News & Views -

  • Tentang Anak

  • Detik Edu

  • Detik Edu

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