Santiago Juxtlahuaca, em Oaxaca, implementou placas de rua bilíngues em mixteco e espanhol, um marco para a preservação cultural e os direitos linguísticos no México. A iniciativa atende a uma ação legal movida por María Anabel Martínez Villavicencio, defensora dos direitos humanos, que argumentou que a omissão das autoridades municipais e do Instituto Nacional de Línguas Indígenas (INALI) em nomear ruas em ambas as línguas violava o direito de usar e preservar línguas indígenas.
Um juiz determinou que as autoridades realizassem uma reunião para verificar se 20% da população falava mixteco e avaliar a viabilidade da sinalização bilíngue. Dados de 2020 indicam que 55% da população de Santiago Juxtlahuaca com três anos ou mais falava uma língua indígena, com o mixteco sendo uma das mais faladas, com 5.948 falantes. A decisão judicial levou à instalação de placas bilíngues até 14 de agosto de 2025, cumprindo a ordem e estabelecendo um precedente para outros municípios. O INALI, criado em 2003, tem como missão promover e proteger as línguas indígenas do México, que compreendem 68 grupos linguísticos e centenas de variedades. Esta ação em Santiago Juxtlahuaca fortalece a identidade regional e promove o respeito pela diversidade cultural mexicana, alinhando-se aos esforços mais amplos do INALI de preservação linguística.