Em 2025, o Haiti enfrenta uma severa crise humanitária, caracterizada pelo aumento da violência e instabilidade. A situação, conforme dados da ONU, revela um crescimento dramático da violência, com grupos armados expandindo seu controle por todo o país.
De janeiro a junho de 2025, pelo menos 1.520 pessoas foram mortas e 609 ficaram feridas devido à violência armada. Além disso, um número significativo de pessoas foi sequestrado ou deslocado. A crise humanitária se intensificou, com aproximadamente 1.3 milhão de deslocados internos até junho de 2025, um aumento de 24% em relação a dezembro de 2024.
Grupos criminosos intensificaram sua influência, especialmente em Porto Príncipe, onde controlam cerca de 85% da cidade. A violência se alastrou para outras áreas, como Artibonite e Centre, causando deslocamentos em massa. Em junho, 45.000 pessoas foram deslocadas nessas regiões.
A ONU e outras organizações internacionais têm expressado preocupação com a situação. A Coordenadora da ONU no Haiti, Ulrika Richardson, destacou o sofrimento da população. O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos solicitou ação internacional urgente para conter a violência.
Apesar do cenário desafiador, algumas iniciativas locais buscam promover o desenvolvimento econômico e social. A empresa Les Villages Apicoles Horizons S.A. (ViAHSa), fundada em 2017, é um exemplo de empreendimento que gera impacto social positivo ao empregar diretamente 15 pessoas e colaborar com mais de 50 apicultores.
A comunidade internacional tem demonstrado preocupação com a crise no Haiti. O Conselho de Segurança da ONU renovou o mandato da missão no Haiti até o final do ano. A UNICEF tem prestado serviços essenciais, como tratamento para desnutrição e acesso à água potável. No entanto, o financiamento para ajuda humanitária ainda é insuficiente.
A violência generalizada, a insegurança alimentar e a falta de acesso a serviços básicos representam desafios significativos para a população haitiana. A situação exige uma resposta coordenada e urgente da comunidade internacional para garantir a proteção dos civis e promover a estabilidade no país.