Um juiz federal em Massachusetts emitiu uma ordem para interromper a implementação de uma proclamação que bloqueia vistos para estudantes e profissionais estrangeiros que desejam frequentar a Universidade de Harvard.
Esta decisão marca mais uma vitória legal para Harvard contra a administração do presidente Donald Trump. A juíza Allison Burroughs emitiu a ordem pouco depois que os advogados da universidade contestaram a proclamação de Trump no tribunal.
A juíza afirmou que não esperou que a administração Trump respondesse à ação legal de Harvard porque a universidade, caso contrário, "sofreria danos imediatos e irreparáveis antes que houvesse uma oportunidade de ouvir todas as partes". Harvard havia argumentado que a proibição de vistos causaria danos "imediatos e irreparáveis" à instituição.
Os advogados de Harvard entraram com uma moção legal para emendar uma ação judicial previamente apresentada no tribunal depois que a administração Trump cancelou a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio de Harvard em 23 de maio. Burroughs decidiu a favor da universidade nesse caso na semana passada, bloqueando a decisão, à qual Trump respondeu com sua ordem "Melhorando a segurança nacional, abordando os riscos na Universidade de Harvard".
A universidade também solicitou uma ordem preliminar para manter o Programa de Visitantes em vigor até que a ação judicial seja resolvida, o que o juiz concedeu, dando-lhes até 20 de junho. Harvard argumentou ainda em sua ação judicial contra a administração Trump que a ação de quarta-feira violou a Primeira Emenda, a Lei Federal de Procedimento Administrativo e as leis de imigração de longa data.
A Casa Branca explicou em um comunicado que a proclamação de quarta-feira respondeu à necessidade de "salvaguardar a segurança nacional" e garantiu que Harvard "demonstrou um histórico de ligações estrangeiras preocupantes e radicalismo". A ação de quarta-feira se soma a muitas outras que Trump tomou contra Harvard, a quem ele acusa de antissemitismo.
Trump reclamou que a universidade não deu ao governo acesso aos arquivos de estudantes estrangeiros.