O Reino Unido anunciou que poderá reconhecer o Estado da Palestina em setembro, antes da Assembleia Geral da ONU, dependendo de ações tomadas por Israel.
O primeiro-ministro Keir Starmer declarou que o reconhecimento está condicionado a que Israel tome "medidas substantivas para acabar com a terrível situação em Gaza", concorde com um cessar-fogo e se comprometa com uma solução de dois Estados. Starmer também exige que Israel permita a entrada de ajuda humanitária da ONU e garanta que não haverá anexação da Cisjordânia.
Starmer reiterou que não há equivalência entre Israel e o Hamas, mantendo as exigências ao grupo. O Hamas deve libertar todos os reféns, assinar um cessar-fogo, aceitar não participar no governo de Gaza e desmilitarizar-se.
A decisão surge num momento em que a crise humanitária em Gaza se agrava. O Programa Alimentar Mundial (PAM) alertou que cerca de 470 mil pessoas vivem em condições próximas da fome. Um terço da população de Gaza não consome alimentos há dias, e aproximadamente 90 mil mulheres e crianças necessitam de tratamento nutricional imediato.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou a possível decisão do Reino Unido, argumentando que seria uma recompensa ao Hamas. No entanto, a França também planeia reconhecer a Palestina na Assembleia Geral da ONU.
Starmer comprometeu-se a avaliar o cumprimento destas condições antes de tomar uma decisão final, garantindo que nenhuma das partes terá poder de veto.