A aeronave que transportava a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sofreu uma significativa interferência no sistema de GPS no dia 31 de agosto de 2025, enquanto sobrevoava o espaço aéreo búlgaro. O incidente forçou o piloto a realizar manobras de navegação manual, utilizando mapas em papel, para garantir um pouso seguro no Aeroporto de Plovdiv.
Autoridades búlgaras suspeitam de ações russas como a causa da interrupção, um padrão que tem sido observado com crescente frequência na região. A porta-voz da Comissão Europeia, Arianna Podestà, confirmou o ocorrido, declarando que houve uma interferência inegável no GPS. Este evento sublinha as crescentes preocupações com a segurança da navegação aérea na Europa Oriental, particularmente em áreas próximas às fronteiras russas.
Relatos indicam que, desde fevereiro de 2022, houve um aumento notável nos casos de interferência e falsificação de sinais de GPS, afetando não apenas aeronaves, mas também embarcações e dispositivos civis. A visita de von der Leyen à Bulgária fez parte de uma digressão de quatro dias por estados-membros da União Europeia que fazem fronteira com a Rússia e a Bielorrússia, com o objetivo de reforçar a prontidão de defesa e discutir protocolos de segurança.
A presidente tem sido uma voz crítica em relação ao presidente russo, Vladimir Putin, e a sua missão visa fortalecer a resiliência da UE face às tensões geopolíticas. Especialistas em segurança aérea e autoridades europeias têm alertado para a sofisticação das táticas de guerra eletrônica empregadas, com a cidade de Kaliningrado, um enclave russo, sendo frequentemente apontada como um ponto central para essas operações.
Um estudo recente indicou que cerca de 46.000 aviões reportaram problemas de GPS sobre o Mar Báltico desde agosto de 2023, com milhares de voos da Ryanair e Wizz Air entre os mais afetados. A União Internacional de Transporte Aéreo (IATA) também destacou que os casos de interferência de GPS em aeronaves civis permanecem significativamente acima da média histórica, representando um desafio contínuo para a segurança da aviação.
Este incidente serviu como um lembrete contundente das vulnerabilidades inerentes aos sistemas de navegação modernos e dos riscos potenciais associados às táticas de guerra eletrônica. A União Europeia expressou preocupação com essas perturbações, instando à cessação de tais atividades para garantir a segurança do tráfego aéreo civil, enquanto o Kremlin nega consistentemente o envolvimento em incidentes de interferência de GPS.