Em agosto de 2025, Irã e Iraque estão trabalhando para resolver uma disputa relacionada ao fornecimento de gás iraniano e os pagamentos pendentes de Bagdá. O Ministro do Petróleo do Irã, Mohsen Paknejad, expressou otimismo quanto a uma resolução próxima, após um período de tensões nas relações energéticas entre os dois países.
O Iraque depende significativamente do gás iraniano para atender às suas necessidades de eletricidade, o que torna a resolução desta disputa um ponto crucial para a estabilidade energética. A incerteza no fornecimento de gás pode impactar negativamente os contratos comerciais e os investimentos em infraestrutura energética.
Para os consumidores iraquianos, a resolução da disputa pode resultar em um fornecimento de eletricidade mais estável, especialmente durante os meses de verão, quando a demanda por energia aumenta. O Ministério da Eletricidade do Iraque enfrenta déficits de energia, resultando em apagões frequentes e interrupções no fornecimento de eletricidade para residências e empresas. Uma resolução bem-sucedida pode levar a uma revisão dos subsídios e a uma maior eficiência no setor energético.
Em março de 2025, os Estados Unidos encerraram uma isenção de sanções que permitia ao Iraque comprar eletricidade do Irã. Essa medida está alinhada com a política de "máxima pressão" do governo dos EUA sobre o Irã. A expiração da isenção impactou o cenário energético do Iraque, interrompendo o fornecimento de gás natural. O Iraque dependia das importações iranianas para suprir cerca de 40% de suas necessidades de gás, que alimentam usinas responsáveis por gerar aproximadamente 30% de sua eletricidade.
O Irã condenou a medida dos EUA, argumentando que Washington está utilizando coerção econômica para desestabilizar a região. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã classificou a decisão como uma violação da soberania e da segurança energética do Iraque, e garantiu que Teerã exploraria formas alternativas de continuar a fornecer gás ao Iraque, apesar da pressão dos EUA.