Pequim, 24 de julho de 2025 – A União Europeia (UE) instou a China a utilizar a sua influência sobre a Rússia para pôr fim ao conflito na Ucrânia. Este apelo foi feito durante uma reunião entre autoridades da UE e representantes chineses em Pequim. A UE sublinhou a importância de a China defender a Carta das Nações Unidas e cessar as ações militares, enfatizando a necessidade de uma resolução pacífica e uma desescalada do conflito.
Do ponto de vista económico, a posição da China é complexa. A China é um parceiro comercial significativo tanto para a Rússia quanto para a Ucrânia. No entanto, a guerra afetou as rotas de transporte ferroviário entre a China e a Europa, que anteriormente transportavam mercadorias chinesas para a Europa. Além disso, a China depende de importações de energia e produtos agrícolas da Rússia e da Ucrânia.
A UE expressou preocupações sobre o apoio tácito da China à Rússia, que tem ajudado a economia russa a resistir às sanções ocidentais. A UE também está preocupada com o crescente défice comercial com a China, que atingiu um recorde histórico no ano passado. O apelo da UE à China para usar a sua influência sobre a Rússia pode ser visto como uma tentativa de equilibrar esses interesses económicos concorrentes. Ao instar a China a ajudar a resolver o conflito na Ucrânia, a UE espera promover a estabilidade global e evitar uma maior ruptura nas relações económicas com a Rússia.
Em última análise, a resposta da China ao apelo da UE dependerá dos seus próprios cálculos estratégicos. A China terá que pesar os benefícios económicos de manter laços estreitos com a Rússia contra os riscos de danificar as relações com a UE e os Estados Unidos. Também terá que considerar as implicações da sua posição sobre a guerra na Ucrânia para a sua reputação internacional e as suas ambições de desempenhar um papel de liderança nos assuntos globais.