A economia das Filipinas demonstrou resiliência no segundo trimestre de 2025, registrando um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,5% em relação ao ano anterior. Este desempenho superou as expectativas do mercado, que previam 5,4%, e posiciona o país como uma das economias de crescimento mais rápido na Ásia emergente. O crescimento foi impulsionado principalmente pelo forte consumo doméstico. Em julho de 2025, a inflação desacelerou para 0,9% ano a ano, o nível mais baixo em quase seis anos, abaixo da previsão de 1,1% e da taxa de 1,4% de junho. Essa queda foi influenciada pela redução nos custos de serviços públicos e uma queda de 15,9% nos preços do arroz. A inflação média nos primeiros sete meses de 2025 foi de 1,7%, mantendo-se dentro da meta do banco central de 2,0% a 4,0%. Cortes nas taxas de juros pelo Bangko Sentral ng Pilipinas visam estimular ainda mais o consumo e o investimento.
Apesar da imposição de uma tarifa de 19% sobre as exportações filipinas pelos Estados Unidos a partir de 7 de agosto de 2025, o impacto direto no PIB é considerado mínimo por economistas devido à forte dependência da economia na demanda interna. O governo filipino, liderado pelo Secretário de Estado Assistente para Assuntos de Investimento e Econômicos, Frederick Go, está em negociações com o Gabinete do Representante de Comércio dos EUA para mitigar os efeitos dessas tarifas e proteger o setor exportador. O setor de serviços, incluindo turismo e BPO, continua a ser um motor de crescimento, e o mercado de trabalho permanece resiliente, com a taxa de desemprego em maio de 2025 em 3,9%. A confiança do consumidor e dos investidores no mercado interno também contribui para a estabilidade econômica. A estratégia das Filipinas de focar no fortalecimento da demanda doméstica e na diversificação de mercados de exportação demonstra uma abordagem proativa para navegar no cenário econômico global.