Ataques Russos à Infraestrutura de Gás na Ucrânia Causam Danos, Mas Cooperação Energética Persiste

Editado por: Татьяна Гуринович

Forças russas realizaram ataques direcionados à infraestrutura de gás na Ucrânia em 6 e 8 de agosto de 2025, visando instalações ligadas ao Azerbaijão. Um dos alvos foi a estação de compressão de gás 'Orlovka', na região de Odessa, essencial para o gasoduto Trans-Báltico. Os ataques causaram danos materiais, interrupções temporárias no fornecimento de gás e ferimentos a funcionários. Em 8 de agosto, uma instalação da SOCAR, companhia estatal de petróleo do Azerbaijão, foi atingida, resultando em um incêndio, danos a um oleoduto de diesel e ferimentos graves a quatro funcionários.

Este incidente marca o segundo ataque em semanas recentes a instalações ucranianas com conexões ao Azerbaijão, seguindo-se a um ataque anterior a uma estação de distribuição de gás perto de Orlovka, crucial para o fluxo de gás azeri para a Ucrânia e Europa. O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, condenou os ataques como "deliberados", mas assegurou que a cooperação energética com a Ucrânia não seria afetada. Em conversa com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, ambos expressaram confiança na continuidade do trabalho conjunto no setor energético, apesar das ações russas. O Ministério da Energia da Ucrânia interpretou os ataques como uma tentativa de desestabilizar as rotas energéticas que garantem a independência energética da Ucrânia e de outros estados europeus. A importância estratégica do gasoduto Trans-Báltico, por onde o gás azeri é transportado, reforça a relevância destes ataques como um elo fundamental na diversificação das fontes de energia para a Ucrânia e a Europa, especialmente na redução da dependência do gás russo. A Ucrânia iniciou recentemente a importação de gás azeri por esta rota para reforçar sua segurança energética, antecipando a estação de aquecimento. A análise dos eventos sugere uma tentativa de minar a segurança energética regional e a cooperação internacional, com a persistência dos ataques em infraestruturas civis e energéticas levantando preocupações sobre a estabilidade do fornecimento e implicações geopolíticas. A resposta unificada de Baku e Kiev demonstra determinação em manter e expandir suas parcerias energéticas, vendo os desafios como catalisadores para o reforço da resiliência e interdependência mútua no cenário energético global.

Fontes

  • Deutsche Welle

  • РБК

  • Deutsche Welle

  • Интерфакс-Украина

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