O aumento dos preços dos combustíveis em Angola desencadeou protestos e agitação. A decisão do governo de aumentar o preço do diesel em mais de 33% levou a confrontos, resultando em mortes e prisões.
O governo implementou gradualmente a remoção dos subsídios aos combustíveis desde 2023, uma política apoiada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O objetivo é redirecionar fundos públicos para áreas como saúde e educação. O FMI estima que essa medida pode liberar cerca de 3 bilhões de dólares, o equivalente ao orçamento combinado de saúde e educação de Angola.
No entanto, a medida gerou descontentamento, com relatos de greves de táxis, aumento de tarifas e confrontos violentos. Os protestos resultaram em fatalidades e prisões. Além disso, a medida afeta o custo de vida da população, especialmente os mais vulneráveis.
Diante desse cenário, o governo angolano está implementando medidas de mitigação, como programas de transferência de renda. A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) também anunciou planos para leilões de áreas para exploração de energias renováveis, sinalizando um compromisso com a transição energética.
O governo busca equilibrar a disciplina fiscal com a estabilidade política. A remoção gradual dos subsídios aos combustíveis visa reduzir os déficits fiscais, mas também apresenta riscos de instabilidade social.
A ANPG está promovendo o desenvolvimento de gás natural e biocombustíveis como parte da transição para fontes de energia mais limpas e para reduzir a dependência de combustíveis à base de petróleo.
Analistas sugerem que os investidores adotem uma abordagem diversificada, equilibrando áreas de alto risco, como petróleo e agricultura, com projetos de infraestrutura mais estáveis. O engajamento com parceiros locais também é apontado como crucial para navegar pelas complexidades regulatórias e construir confiança na comunidade.