A Estação Espacial Internacional (ISS) é um centro crucial para a ciência, com a Expedição 73 focada em avanços na fisiologia do exercício e na física espacial. Iniciada em 19 de abril de 2025, a missão aprofunda a compreensão sobre a adaptação humana ao ambiente espacial e as leis fundamentais do universo.
Os astronautas a bordo enfrentam desafios como a perda muscular e óssea devido à microgravidade, exigindo rotinas diárias de exercícios de duas horas. Essas atividades são essenciais para manter a saúde cardiovascular e respiratória, além de combater o descondicionamento musculoesquelético. O engenheiro de voo da NASA, Mike Fincke, participa do estudo Cardiobreath, utilizando equipamentos especializados para coletar dados sobre as respostas fisiológicas durante o exercício, visando aprimorar futuros programas de condicionamento físico para missões espaciais de longa duração.
Fincke também está envolvido em pesquisas sobre fabricação farmacêutica e impressão 3D no espaço, utilizando o hardware de pesquisa Colloidal Solids, com o objetivo de melhorar a saúde humana tanto no espaço quanto na Terra. A ISS funciona como um laboratório único para experimentos de física espacial que não podem ser realizados sob a gravidade terrestre, com potencial para impulsionar inovações comerciais e industriais aplicáveis em ambos os ambientes.
O engenheiro de voo da JAXA, Kimiya Yui, tem se dedicado à manutenção de equipamentos experimentais, incluindo a substituição de componentes em dispositivos de pesquisa biológica e a análise de amostras de água e atmosfera da estação. Yui também inspeciona equipamentos avançados de treinamento, projetados para futuras missões de espaço profundo, como parte do desenvolvimento de equipamentos de exercício mais eficazes para astronautas.
Os engenheiros de voo Jonny Kim e Zena Cardman estão investigando como a microgravidade afeta as células-tronco ósseas, com potenciais aplicações no tratamento de doenças ósseas na Terra. O engenheiro de voo da Roscosmos, Oleg Platonov, participa de um experimento para medir o impacto da microgravidade em sua frequência cardíaca e pressão arterial, fornecendo dados valiosos sobre as mudanças fisiológicas durante atividades diárias e o sono.
Um aspecto notável da Expedição 73 é a pesquisa sobre o sistema vestibular e a cognição. Jonny Kim e Zena Cardman exploraram como a microgravidade afeta o sistema vestibular, utilizando óculos de realidade virtual para avaliar a percepção espacial. Kimiya Yui conduziu o experimento Immunity Assay, coletando amostras de sangue e saliva para analisar possíveis alterações na imunidade celular decorrentes do voo espacial.
Esses estudos, como o CIPHER, que abrange 14 investigações de pesquisa humana, buscam compreender as mudanças físicas e mentais que os astronautas experimentam, visando desenvolver contramedidas e aprimorar o monitoramento da saúde em missões de longa duração. A pesquisa sobre a saúde óssea, com a análise de amostras de células-tronco ósseas, busca proteger o sistema esquelético em microgravidade e pode levar a tratamentos para condições como atrofia muscular e osteoporose na Terra.
A Expedição 73, que começou em 19 de abril de 2025 e se estende até dezembro, também deu as boas-vindas às tripulações da Axiom Mission-4 e da SpaceX Crew-11, enquanto continuava a conduzir pesquisas espaciais avançadas. A colaboração internacional na ISS, envolvendo NASA, Roscosmos, JAXA e outras agências, é fundamental para o avanço do conhecimento humano sobre o espaço e para o desenvolvimento de tecnologias que beneficiam a vida na Terra.