Pele artificial dá aos robôs uma sensação de toque semelhante à humana

Editado por: Veronika Radoslavskaya

Uma equipe de engenheiros desenvolveu uma pele artificial que dá aos robôs uma sensação de toque quase humana. A pele, feita de um material de gel flexível, pode transformar a superfície de uma mão robótica em um sensor sensível e inteligente.

Este novo material pode detectar pressão, temperatura, dor e distinguir múltiplos contatos simultaneamente, ao contrário de outras peles artificiais que combinam diferentes sensores. A pele robótica, desenvolvida pela Universidade de Cambridge e University College London, foi incorporada como uma luva, demonstrando sua flexibilidade e capacidade de moldar-se em formas complexas.

A tecnologia detecta e processa vários sinais físicos, permitindo que os robôs interajam melhor com o mundo físico. “Queríamos desenvolver uma solução que pudesse detectar vários tipos de toque de uma vez, mas em um único material”, disse David Hardman, autor principal do estudo.

A pele é composta por um hidrogel elástico e condutor que atua como um sensor completo em si. Em vez de exigir vários sensores separados, este material detecta vários estímulos, como pressão, temperatura ou danos físicos, de qualquer ponto em sua superfície. Isso é possível graças a uma rede interna de mais de 860.000 caminhos microscópicos através dos quais os sinais elétricos são transmitidos.

Para ler esses sinais, os pesquisadores colocaram apenas 32 eletrodos na base de uma mão robótica moldada com esse material, o que foi suficiente para coletar mais de 1,7 milhão de pontos de dados. Em seguida, usando técnicas de aprendizado de máquina, eles treinaram um modelo capaz de identificar com precisão o tipo de contato recebido: de um toque suave a um corte ou uma fonte de calor.

Esta pele inovadora pode transformar múltiplas indústrias, dando aos robôs uma percepção mais próxima da humana. No campo da robótica humanoide e próteses, permitiria o desenvolvimento de membros artificiais capazes de detectar estímulos ambientais com grande precisão, melhorando a interação com pessoas e objetos. Em cenários médicos ou de assistência, esta tecnologia seria fundamental para criar dispositivos que respondam ao toque ou às condições externas, tornando as tarefas que exigem delicadeza ou sensibilidade mais naturais.

Suas aplicações potenciais também se estendem a setores como o automotivo e o resgate em desastres. Robôs equipados com esta pele poderiam identificar superfícies quentes, perigosas ou danificadas em tempo real, o que é crucial em ambientes de risco onde o contato com certos materiais pode comprometer a segurança. Graças ao seu baixo custo, durabilidade e capacidade de adaptação a formas complexas, a pele também pode ser usada na fabricação de robôs industriais que são mais eficientes e sensíveis ao seu ambiente.

Fontes

  • LaRepublica.pe

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