O duo eletrônico israelense TripL lançou seu novo single, 'To The Beat', sob o selo Klaphouse Records. A faixa, um hino tech-house, rapidamente chamou a atenção, mas levanta questões éticas importantes sobre a produção e o consumo de música na era digital.
TripL, composto por Lior Brosh e Omri Cohen, é conhecido por seus sets de DJ energéticos e performances ao vivo, tendo se apresentado ao lado de artistas renomados. 'To The Beat', acessível em todas as principais plataformas de streaming, promete ser um sucesso nas pistas de dança.
No entanto, a crescente utilização de inteligência artificial (IA) na produção musical levanta preocupações sobre a originalidade e a autoria das obras. Produtores de música eletrônica frequentemente utilizam softwares e ferramentas que automatizam certos processos, como a criação de batidas e melodias. A questão é: até que ponto a intervenção humana é necessária para que uma obra seja considerada original e protegida por direitos autorais?
A utilização de IA na música pode levar a uma superprodução de conteúdo, desvalorizando o trabalho de artistas que dedicam tempo e esforço à criação manual. Além disso, a utilização de música em campanhas de marketing levanta questões sobre a manipulação das emoções dos consumidores. A música ativa áreas do cérebro associadas ao prazer e à recompensa, o que pode levar a gastos excessivos e a um consumo insustentável.
A indústria fonográfica, muitas vezes, controla a música que as pessoas ouvem, limitando o acesso a diferentes estilos e artistas. Em última análise, o sucesso de 'To The Beat' e de outras músicas produzidas com o auxílio da tecnologia nos convida a refletir sobre o papel da ética na indústria musical. É fundamental que artistas, produtores e consumidores estejam conscientes dos dilemas éticos envolvidos na produção e no consumo de música na era digital, buscando um equilíbrio entre a inovação tecnológica e a valorização da criatividade humana.