Epidemic Sound Lança 'Adapt', Ferramenta de Personalização Musical com IA, Reforçando Apoio a Artistas

A Epidemic Sound, líder global em trilhas sonoras para criadores de conteúdo, apresentou o Adapt, uma nova funcionalidade impulsionada por inteligência artificial (IA) que permite aos usuários personalizar músicas para seus vídeos. Esta inovação visa ampliar a flexibilidade criativa dos criadores, ao mesmo tempo que garante a remuneração dos artistas originais.

O Adapt possibilita ajustes como a extensão da duração de faixas ou a modificação de instrumentação, mantendo a integridade artística e a compensação para os músicos. A plataforma reforça seu compromisso com uma abordagem centrada no ser humano, mesmo com a integração de IA, buscando aprimorar a experiência do criador e o sustento dos artistas. Os músicos têm a opção de recusar a adaptação de suas obras, preservando o controle sobre seu trabalho.

A Epidemic Sound detalhou seus modelos de remuneração, que incluem uma divisão de 50/50 nos royalties de streaming e um bônus anual, o Soundtrack Bonus. Para 2026, a empresa planeja um aumento significativo nos pagamentos desse bônus, destinando um novo fundo específico para adaptações realizadas por IA. Essa iniciativa reflete um esforço para adaptar os modelos de negócios à evolução tecnológica, garantindo que a criatividade humana continue a ser valorizada e recompensada em um cenário cada vez mais dominado pela IA.

O mercado de música gerada por IA está em rápida expansão, com projeções indicando um crescimento substancial nos próximos anos. Estudos apontam que a IA pode representar até 20% das receitas de plataformas de streaming de música e 60% das receitas de bibliotecas de música até 2028. Essa transformação levanta debates importantes sobre direitos autorais e remuneração justa para os artistas.

A preocupação é que o uso não autorizado de obras por modelos de IA possa diminuir a receita dos criadores, enquanto as oportunidades de trabalho se reduzem devido à competitividade crescente das criações geradas por IA em relação às obras humanas. A legislação sobre direitos autorais para música gerada por IA ainda está em evolução, com escritórios de direitos autorais indicando que obras inteiramente geradas por IA podem não ser protegidas por direitos autorais, a menos que haja intervenção criativa humana significativa.

A Epidemic Sound, fundada em 2009, opera com um modelo de negócios que adquire músicas de compositores e músicos, pagando-os antecipadamente e licenciando essas faixas aos seus clientes por meio de um serviço de assinatura. Este modelo visa simplificar o licenciamento de música para criadores de conteúdo, evitando complexidades de direitos autorais e garantindo que os artistas recebam uma compensação justa. A empresa investe em um ecossistema de suporte para artistas, que inclui distribuição, desenvolvimento, colaborações e remuneração equitativa, com pagamentos fixos por faixa, divisão de royalties de streaming e participação em bônus.

Essa abordagem busca equilibrar a necessidade de flexibilidade para criadores com a proteção da integridade e dos rendimentos dos artistas, posicionando a IA como uma ferramenta para amplificar a criatividade humana, em vez de substituí-la.