A Ralph Lauren está a redefinir a interação com o consumidor no setor da moda com a introdução do 'Ask Ralph', um estilista virtual alimentado por inteligência artificial (IA) integrado na sua aplicação móvel. Lançado a 9 de setembro de 2025, esta inovação, desenvolvida em parceria com a Microsoft e utilizando a plataforma Azure OpenAI, permite aos utilizadores descreverem as suas necessidades de estilo e receberem sugestões de looks completos curados a partir da coleção atual da marca.
O 'Ask Ralph' funciona como um consultor de moda personalizado, capaz de adaptar as suas recomendações com base no feedback do utilizador. Esta iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla da Ralph Lauren para implementar a IA em várias áreas de negócio, incluindo a otimização de stocks e a previsão de procura. A marca, conhecida pela sua adoção precoce de novas tecnologias, como o lançamento do Polo.com há 25 anos com a Microsoft, demonstra um compromisso contínuo em aprimorar a jornada do cliente e posicionar-se na vanguarda da transformação digital no setor.
A inteligência artificial generativa, em particular, está a mostrar um potencial significativo para a indústria da moda. Estimativas da McKinsey sugerem que esta tecnologia poderá adicionar entre 150 mil milhões e 275 mil milhões de dólares aos lucros operacionais dos setores de vestuário, moda e luxo nos próximos três a cinco anos. Isto deve-se à capacidade da IA de otimizar processos de design, prever tendências, personalizar experiências de cliente e melhorar a eficiência das cadeias de abastecimento.
Paralelamente, outras marcas como a Tommy Hilfiger e a Zara estão também a explorar o uso de IA. A Tommy Hilfiger, por exemplo, tem colaborado com a IBM e o Fashion Institute of Technology para analisar tendências, sentimento do consumidor e dados de produtos, a fim de informar decisões de design e agilizar o processo criativo. Esta abordagem visa aumentar a eficiência e reduzir a incerteza na criação de novas coleções.
A Ralph Lauren também está a inovar nas suas lojas físicas, introduzindo vitrines interativas impulsionadas por IA, que apresentam o icónico Polo Bear da marca. Estas vitrines adaptam o seu conteúdo em tempo real, reagindo a tendências ou até mesmo aos transeuntes, proporcionando uma experiência mais dinâmica e personalizada. Esta abordagem tecnológica visa transformar o retalho de moda, priorizando experiências de consumidor mais personalizadas e eficientes, alinhadas com a crescente procura por customização em escala.