Biologia Quântica em 2025: Eficiência na Fotossíntese e Teorias Quânticas do Olfato
Editado por: Irena I
O ano de 2025 consolida a Biologia Quântica como um campo central na investigação de como as leis da mecânica quântica governam fenômenos vitais, transcendendo as explicações da física clássica. A validação experimental demonstra que a vida otimiza processos biológicos essenciais por meio de efeitos como a coerência quântica e o tunelamento quântico, fundamentais para a elevada eficiência observada em sistemas naturais.
Na fotossíntese, o uso de ferramentas como a espectroscopia de transformada de Fourier bidimensional, associada a grupos de pesquisa como o de Graham Fleming na Universidade da Califórnia em Berkeley, evidencia que a conversão de energia solar em química atinge uma eficiência próxima da unitária. Este processo envolve a excitação coerente de múltiplos estados em superposição, permitindo que a energia, transportada por excitons, encontre o caminho mais rápido para o centro de reação, em contraste com o modelo clássico de transferência sequencial.
Estudos focados no complexo antena Fenna–Matthews–Olson (FMO) sugerem que a coerência quântica persiste por um mínimo de 300 femtossegundos em temperaturas fisiológicas. Embora haja debate sobre a magnitude exata da contribuição da coerência quântica sob condições biológicas, a estrutura dos complexos fotossintéticos parece ter sido otimizada evolutivamente em um regime misto quântico-clássico, caracterizado pelo transporte assistido por desfasagem. Essa eficiência natural já direciona o desenvolvimento de tecnologias de energia solar artificial, buscando replicar a conversão quase perfeita de fótons em estados de carga separados, como ocorre no fotossistema II.
Paralelamente, a compreensão do olfato está em reavaliação conceitual, desafiando o modelo clássico de reconhecimento molecular baseado unicamente na forma. Pesquisas indicam o papel do tunelamento quântico de elétrons, modulado pelas vibrações moleculares do odorante, como mecanismo primário de detecção. A teoria vibracional, proposta originalmente por Malcolm Dyson em 1928 e reavivada por Luca Turin em 1996, postula que os receptores olfativos funcionam como espectrômetros, detectando vibrações quantizadas através do tunelamento inelástico de elétrons (IET).
Esta abordagem quântica explica anomalias não resolvidas pelo modelo de forma, como a percepção de odores semelhantes a partir de moléculas com estruturas distintas. Uma hipótese complementar, a Hipótese da Luminescência do Olfato, sugere que, após o IET inelástico, a molécula em estado de alta energia decai emitindo luminescência de múltiplos fótons, ativando os neurônios olfativos de forma quase simultânea. A pesquisa atual investiga como a arquitetura do receptor facilita esse tunelamento eletrônico para a sinalização neural, indicando que os organismos podem ter desenvolvido atalhos quânticos para a resolução de problemas biológicos.
O campo da Biologia Quântica, que atrai o interesse de entidades como o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional dos EUA, continua sua expansão. A maturidade alcançada em 2025 é um indicativo da profunda interconexão entre a física fundamental e os processos observáveis da vida, prometendo inovações que abrangem desde a otimização energética até a biomedicina.
Fontes
Clarin
The Debrief
ResearchGate
Medium Article on Quantum Smell
Johnjoe McFadden's Website
Editverse on Quantum Biology Research
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