Cientistas do CERN Criam Qubit de Antimatéria, Avançando na Compreensão do Universo

Editado por: Vera Mo

Avanço do CERN na Pesquisa da Antimatéria

Cientistas do CERN alcançaram um marco significativo na física de partículas ao demonstrar o primeiro qubit de antimatéria. A colaboração BASE anunciou a criação deste qubit, um passo crucial para aprofundar o entendimento entre matéria e antimatéria.

Detalhes do Experimento

O experimento envolveu manter um antipróton oscilando entre dois estados quânticos por aproximadamente um minuto. Este feito foi alcançado utilizando armadilhas eletromagnéticas e técnicas de resfriamento criogênico para isolar e controlar o antipróton. Os resultados foram publicados na revista Nature.

Implicações e Aplicações Futuras

Este avanço possibilita comparações mais precisas entre matéria e antimatéria, o que pode levar a desafiar o Modelo Padrão da física de partículas. Stefan Ulmer, porta-voz do BASE, mencionou que esta conquista abre a perspectiva de aplicar métodos de espectroscopia coerente a sistemas de matéria e antimatéria, melhorando a precisão das medições do momento do antipróton.

O que é um Qubit?

Um qubit, diferente dos bits clássicos que representam 0 ou 1, pode existir em múltiplos estados simultaneamente devido ao princípio da superposição quântica. No experimento, o antipróton foi mantido em superposição entre dois estados de spin por 50 segundos.

ELENA e o Futuro da Pesquisa com Antimatéria

A instalação do ELENA (Extra Low Energy Antiproton) no CERN tem sido fundamental para facilitar experimentos mais precisos com antimatéria. O ELENA reduz a velocidade dos antiprótons a níveis sem precedentes, permitindo estudos mais detalhados. A colaboração BASE planeja utilizar o BASE-STEP para transportar antipartículas para ambientes mais calmos, aumentando o tempo de coerência e a precisão das medições.

Relevância para a Compreensão do Universo

A pesquisa com antimatéria busca responder a questões fundamentais sobre o universo, como a assimetria entre matéria e antimatéria. Os cientistas esperam que, ao estudar as propriedades da antimatéria, possam entender por que o universo é composto quase exclusivamente por matéria.

Fontes

  • Enerzine

  • Phys.org

  • CERN

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