"Este é um avanço significativo na tecnologia de resfriamento", diz Rama Venkatasubramanian, destacando o potencial de novos materiais termoelétricos. Pesquisadores do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins (APL) em Maryland, EUA, anunciaram em 21 de maio de 2025, um avanço no resfriamento termoelétrico de estado sólido.
A equipe desenvolveu uma tecnologia de resfriamento baseada em nanomateriais que dobra a eficiência dos dispositivos termoelétricos disponíveis comercialmente. Esta inovação promete uma alternativa escalável à refrigeração tradicional baseada em compressores, atendendo à crescente demanda global por soluções de resfriamento com eficiência energética.
O núcleo deste avanço reside na tecnologia 'Estruturas de Super-Redes de Engenharia Hierárquica Controlada' (CHESS). O CHESS usa significativamente menos material, cerca do tamanho de um grão de areia por unidade de resfriamento, e pode ser produzido em massa usando ferramentas de produção de chips semicondutores, reduzindo custos e ampliando sua adoção no mercado.
Os testes revelaram que os materiais CHESS melhoraram a eficiência em quase 100% em comparação com os materiais termoelétricos tradicionais à temperatura ambiente. Isso se traduz em um aumento de 70% na eficiência em um sistema de refrigeração totalmente integrado. A tecnologia não é apenas mais eficiente, mas também usa menos materiais, abrindo caminho para a produção em massa.
Além da refrigeração, os materiais CHESS podem converter diferenças de temperatura, como o calor do corpo, em energia utilizável. Jeff Maranchi observa que isso abre portas para tecnologias de coleta de energia aplicáveis a computadores e espaçonaves. O APL planeja refinar ainda mais os materiais CHESS, concentrando-se em melhorar a eficiência e integrar a IA para otimizar o uso de energia em sistemas de resfriamento e HVAC.