Zoológico de Cocô: Usando resíduos animais para salvar espécies em perigo

Editado por: Katia Remezova Cath

Cientistas estão explorando maneiras inovadoras de usar resíduos animais para conservar espécies em perigo, oferecendo uma nova abordagem para a proteção da vida selvagem e potencialmente prevenindo extinções. O projeto "Zoológico de Cocô", uma colaboração entre o Zoológico de Chester e a organização sem fins lucrativos de conservação Revive and Restore, visa otimizar os cuidados e a proteção de espécies ameaçadas. O projeto se concentra na extração de informações genéticas valiosas de fezes de animais, abrindo novos caminhos para os esforços de conservação. A Dra. Rhiannon Bolton está na vanguarda deste programa. As diretrizes veterinárias atuais do Reino Unido restringem a coleta de amostras genéticas. No entanto, pesquisadores da Universidade de Oxford, trabalhando com o projeto Zoológico de Cocô, estão desenvolvendo novos métodos para isolar, lavar e cultivar células animais vivas de fezes para conservação. Isso permite a coleta de células de uma gama maior de animais, tanto dentro quanto entre as espécies. A equipe do Zoológico de Chester está atualmente coletando amostras de espécies como Giraffa camelopardalis (girafa), Okapia johnstoni (okapi) e Panthera leo (leão). Essas células podem potencialmente ser desenvolvidas em células-tronco, que podem então ser usadas para criar óvulos e espermatozoides para reprodução em conservação. A Dra. Sue Walker, chefe de ciência do Zoológico de Chester, explica que as células vivas são eliminadas nas fezes e podem ser isoladas dos resíduos. O objetivo é armazenar essas células lavadas para evitar extinções. Essa abordagem se baseia em programas existentes no Zoológico de Chester que usam amostras fecais para monitorar a saúde animal. Esta pesquisa destaca o potencial de métodos não convencionais na conservação. Ao utilizar recursos prontamente disponíveis, como resíduos animais, os cientistas estão desenvolvendo estratégias inovadoras para salvaguardar a biodiversidade e proteger espécies vulneráveis para as gerações futuras.

Fontes

  • HuffPost UK

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