A região do Himalaia, na Índia, está a enfrentar uma situação de destruição generalizada devido a inundações e tempestades severas. A Rodovia Nacional 21, uma artéria crucial para o acesso à estância turística de Manali, sofreu danos significativos, com dez troços completamente destruídos e outros cinco parcialmente afetados, exigindo esforços de restauração urgentes para restabelecer a conectividade.
As chuvas torrenciais causaram o transbordamento do rio Beas, resultando em interrupções generalizadas. Mais de 300 estradas, incluindo rodovias nacionais, foram interditadas, impactando severamente o transporte e a infraestrutura. Os sistemas de fornecimento de energia e água também foram danificados, afetando a vida quotidiana dos residentes e a infraestrutura local. O Departamento Meteorológico da Índia emitiu alertas para chuvas intensas em vários distritos, indicando a possibilidade de condições climáticas adversas contínuas.
Em paralelo, eventos recentes em outras partes da região do Himalaia indiano, como em Jammu e Caxemira, evidenciam a gravidade da situação. Fortes chuvas e deslizamentos de terra causaram a morte de pelo menos 30 pessoas, com algumas fontes a reportar mais de 40 óbitos. A rota de peregrinação para o templo de Vaishno Devi foi particularmente afetada, com deslizamentos a bloquear o acesso e a isolar peregrinos. O rio Jhelum transbordou, inundando áreas residenciais e forçando a evacuação de milhares de pessoas.
O Exército foi mobilizado para auxiliar nos esforços de resgate e apoio às comunidades afetadas, com escolas na região a serem temporariamente encerradas devido aos riscos. Especialistas apontam que a combinação de mudanças climáticas e planeamento inadequado de infraestrutura tem exacerbado a frequência e a intensidade destes eventos extremos. A região tem registado um aumento na ocorrência de inundações repentinas e deslizamentos de terra, com relatos de mais de 50 pessoas desaparecidas em incidentes anteriores em Uttarakhand.
A situação atual exige uma resposta coordenada e a implementação de medidas a longo prazo para mitigar os impactos futuros, com foco na resiliência da infraestrutura e na segurança das populações em áreas de risco.