A temporada de furacões no Atlântico está a intensificar-se, com o Centro Nacional de Furacões (NHC) a monitorizar duas perturbações meteorológicas. Uma delas, localizada perto da costa nordeste da Flórida, tem 30% de probabilidade de se desenvolver numa depressão tropical nos próximos sete dias, prevendo-se que se desloque para norte, afastando-se da costa dos EUA. Mais a leste, uma onda tropical originária de África apresenta um potencial de desenvolvimento crescente, com 60% de probabilidade de formar uma depressão tropical durante o fim de semana, à medida que se move para um ambiente mais favorável. O Furacão Dexter está a atravessar águas mais frias e deverá tornar-se extratropical em breve.
As projeções indicam uma temporada de furacões no Atlântico acima da média em 2025, com previsões de 13 a 19 tempestades com nome. As temperaturas mais elevadas da superfície do mar são um fator primordial que contribui para esta atividade intensificada. Cientistas indicam que as águas oceânicas mais quentes, impulsionadas pelas alterações climáticas, têm alimentado furacões mais intensos entre 2019 e 2023, com alguns a atingirem a força de Categoria 5. Estudos recentes sugerem que o aquecimento dos oceanos pode aumentar a fração de ciclones tropicais que sofrem intensificação rápida, um fenómeno que pode ser desafiador de prever e que contribui para os elevados custos associados a estas tempestades. De facto, entre 1980 e 2023, 177 ciclones tropicais que atingiram terra na bacia do Atlântico intensificaram-se rapidamente. A maioria (70%) dos 63 ciclones tropicais que causaram perdas de mil milhões de dólares nos EUA desde 1980 sofreu intensificação rápida. A atividade tropical no Atlântico tende a aumentar acentuadamente em agosto, antes do pico climatológico da temporada em meados de setembro. A combinação de águas mais quentes e condições atmosféricas favoráveis, como a diminuição da tesoura de vento, cria um ambiente propício para a formação e intensificação de tempestades tropicais. A NOAA prevê uma temporada de furacões acima da média para 2025, com estimativas de 13 a 19 tempestades com nome, das quais 6 a 10 se tornarão furacões, e 3 a 5 poderão ser furacões maiores, com uma confiança de 70% nestas previsões. Os especialistas alertam que, embora o início da temporada possa ter sido relativamente calmo, a situação pode mudar rapidamente, e a preparação é essencial. A temporada de furacões no Atlântico decorre oficialmente até 30 de novembro.