Um incêndio florestal de grande dimensão está a consumir partes do Parque Nacional do Vesúvio, em Itália, com as chamas a atingirem altitudes de 1.050 metros. O fogo, alimentado por altas temperaturas e vento, afeta principalmente as florestas de pinheiros de Terzigno e as áreas montanhosas de Boscotrecase, estendendo-se entre os municípios de Terzigno e Ottaviano.
Esforços de combate a incêndios em larga escala estão em curso, com a participação de oito unidades aéreas, incluindo seis Canadairs e dois helicópteros regionais. Mais de cem operacionais terrestres, compostos por bombeiros, voluntários da proteção civil e pessoal metropolitano, trabalham ativamente para conter o incêndio. A Prefeituras de Nápoles estabeleceu uma mesa de coordenação permanente para as operações de emergência, reunindo todas as autoridades relevantes. O presidente do Parque Nacional do Vesúvio expressou preocupação com a evolução da situação, enfatizando a necessidade crítica de proteger o património natural e garantir a segurança dos residentes. Os incêndios florestais no Mediterrâneo, particularmente em áreas como o Parque Nacional do Vesúvio, têm sido uma preocupação crescente nas últimas décadas. Estudos indicam que, em 2017, cerca de 3.350 hectares de floresta, o que representa 88% da área florestal total do parque, foram consumidos por incêndios ao longo de 49 dias. Esta situação sublinha a vulnerabilidade dos ecossistemas de pinhal mediterrânico a eventos de fogo extremo, exacerbada pelas alterações climáticas que aumentam a severidade do tempo de incêndio. A gestão de incêndios florestais na região tem evoluído, com um foco crescente na prevenção em detrimento de estratégias de supressão. A análise dos impactos económicos e ambientais dos incêndios, como a perda de serviços ecossistémicos, tem levado a uma reavaliação das políticas de gestão, sugerindo um maior investimento em ações preventivas. A paisagem do Vesúvio, rica em recursos naturais e com um significado histórico e geológico profundo, requer uma atenção especial na sua proteção contra estas ameaças recorrentes. A implementação de redes de monitorização meteorológica hiperlocalizadas tem sido uma estratégia adotada para melhorar a compreensão do risco de incêndio e informar a gestão territorial e a conservação deste local classificado como Património Mundial da UNESCO.