O Chipre enfrenta uma severa onda de calor, com temperaturas no interior a atingirem os 44°C, representando um sério desafio à saúde pública. O Departamento de Meteorologia emitiu um alerta laranja de calor, em vigor na quinta-feira, 24 de julho de 2025, das 11:00 às 17:00.
Adicionalmente, o distrito de Limassol está a combater um significativo incêndio florestal que já consumiu pelo menos 100 quilómetros quadrados de terra, com origem na região vinícola a norte de Limassol. O fogo, que eclodiu na quarta-feira, 23 de julho, durante uma intensa onda de calor, destruiu habitações e permanece ativo com múltiplas frentes. Duas vítimas foram encontradas mortas num veículo queimado, e pelo menos dez pessoas ficaram feridas, duas delas gravemente. O incêndio tem sido exacerbado por ventos fortes e temperaturas extremas, que atingiram até 43°C e estão previstas para subir ainda mais, desencadeando alertas laranja.
O Chipre solicitou ajuda internacional, com a Espanha e a Jordânia a prometerem assistência, incluindo aeronaves de combate a incêndios. O fogo ameaça comunidades próximas a Limassol e tem pressionado os já baixos recursos hídricos, com o reservatório de Kouris nas proximidades a estar apenas a 15,5% da sua capacidade. As autoridades ainda estão a determinar a causa do incêndio e a avaliar a extensão total dos danos.
As ondas de calor têm um impacto significativo na saúde pública, podendo levar ao aumento de casos de desidratação, insolação e exaustão térmica, especialmente em idosos, crianças e pessoas com doenças crónicas. As autoridades de saúde recomendam a ingestão regular de água, evitar a exposição solar nas horas de maior calor e procurar locais frescos e ventilados. Além disso, os incêndios florestais representam um risco acrescido para a segurança da população, com a destruição de habitações e infraestruturas, e a emissão de fumos tóxicos que podem agravar problemas respiratórios. A rápida propagação do fogo, impulsionada pelas condições climáticas extremas, exige uma resposta coordenada e eficaz por parte das equipas de combate aos incêndios.
A situação no Chipre serve de alerta para a necessidade de reforçar as medidas de prevenção e preparação para eventos climáticos extremos, garantindo a proteção da saúde e segurança da população.