Pesquisadores da Universidade Federal do Acre (UFAC) descobriram um fóssil de
Stupendemys geographicus, uma das maiores tartarugas que já existiram, na região amazônica. A descoberta foi feita em rochas sedimentares. Esta descoberta é significativa porque indica que a megafauna brasileira sobreviveu por mais tempo do que se pensava anteriormente. O professor D'Apolito, da UFAC, destaca que o fóssil amazônico fornece evidências de sobrevivência prolongada para esses animais. Anteriormente, fósseis de
Stupendemys geographicusforam encontrados na Colômbia e Venezuela em 2020. Essas tartarugas tinham carapaças de até 2,40 metros de comprimento e pesavam mais de uma tonelada. Acredita-se que a tartaruga fosse uma pleurodira, com um sistema de alimentação por sucção. No entanto, a interpretação de que
Stupendemys geographicusera uma tartaruga que mordia é questionável. O fóssil encontrado no Brasil não possui crânio, o que dificulta determinar seus hábitos alimentares. Annie Schmaltz Hsiou, da Universidade de São Paulo (USP), observa a dificuldade em determinar a dieta sem o crânio. D'Apolito acredita que é possível inferir os hábitos da tartaruga com base em seus parentes atuais, as tartarugas de rio (
Podocnemis unifilis). Era provavelmente onívora, consumindo plantas, moluscos, crustáceos e outros vertebrados.