A Terra em Constante Movimento: Continentes em Transformação

Editado por: Tetiana Martynovska 17

O nosso planeta Terra está em contínua transformação, um processo dinâmico que molda a sua superfície ao longo de eras geológicas. As placas tectônicas, que compõem a crosta terrestre, movem-se e separam-se, dando origem a novos oceanos e redesenhando o mapa-múndi em escalas de tempo que para nós são quase inimagináveis.

Este fenómeno, conhecido como deriva continental, é uma realidade confirmada por geólogos em diversas partes do globo. Um exemplo notável desse processo é a Zona de Fossa do Baikal (ZFB), na Eurásia, com cerca de 2.000 km de extensão. Embora a atividade sísmica na região tenha apresentado uma diminuição recente, com cerca de 700 a 800 tremores subterrâneos mensais após um pico em 2021, a ZFB é um testemunho da dinâmica terrestre.

Na África Oriental, o Grande Vale do Rift é um sistema de fendas que se estende por aproximadamente 6.400 km, desde a Etiópia até Moçambique. Em 2005, uma fissura de 56 km de comprimento surgiu na Etiópia, alargando-se a uma taxa de 1,2 cm por ano. Mais recentemente, em 2018, novas fissuras apareceram no Quénia, acompanhadas de tremores, indicando a continuidade desse processo de separação. Inicialmente, estimava-se que a completa divisão da África em dois continentes levaria de 10 a 50 milhões de anos, mas dados recentes sugerem uma aceleração, com a possibilidade de ocorrer em apenas 1 a 5 milhões de anos.

A Islândia, situada na fronteira entre as placas tectónicas Eurasiática e Norte-Americana, experimenta um afastamento de 2,5 cm por ano. Essa divergência contribui para a expansão da ilha, apesar das potenciais fissuras internas. Sob o gelo da Antártida, esconde-se uma complexa rede de vales de rift, sobre os quais o conhecimento científico ainda é limitado, mas a possibilidade de um novo oceano se formar nesta região no futuro não está descartada.

Como o filósofo grego Heráclito observou, "Tudo flui, tudo muda". A paisagem terrestre não é exceção a essa lei universal. O que para nós representa uma eternidade, para o planeta é um mero instante. Os continentes continuam a sua lenta dança, os oceanos expandem-se e novas formações geológicas emergem onde antes existiam paisagens familiares. Num futuro distante, um atlas poderá surpreender gerações futuras com a constatação de que, onde hoje se encontra um vasto oceano, um dia existiu apenas um lago, como o Baikal, um espelho d'água de profunda beleza e mistério.

Fontes

  • Pravda

  • Новости Иркутска: экономика, спорт, медицина, культура, происшествия

  • РБК Life

  • Вестник Кавказа

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