Na sexta-feira, 8 de agosto de 2025, o mercado de ações dos EUA registrou um aumento notável, impulsionado em grande parte pelo anúncio da Apple Inc. de um investimento substancial em manufatura doméstica. O Dow Jones Industrial Average subiu 0,47%, atingindo 44.175,61 pontos. O NASDAQ Composite alcançou um novo recorde, valorizando 0,98% para 21.450,02 pontos, enquanto o S&P 500 registrou um ganho de 0,78%, fechando em 6.389,45 pontos. Esses avanços foram amplamente atribuídos ao setor de tecnologia, com a Apple no centro das atenções.
A gigante da tecnologia anunciou um investimento de 600 bilhões de dólares em manufatura nos EUA ao longo de quatro anos, uma iniciativa que visa fortalecer a produção nacional e garantir a cadeia de suprimentos de chips do país. Este movimento estratégico inclui uma parceria com a Samsung Electronics para desenvolver tecnologia de chips de ponta em sua fábrica no Texas, com o objetivo de otimizar a eficiência energética e o desempenho dos produtos da Apple. A Samsung espera que esses contratos de alto perfil ajudem seu segmento de chips a retornar à lucratividade até 2026, especialmente considerando que os chips produzidos nos EUA para a Apple e a Tesla devem ficar isentos das novas tarifas impostas pelo governo. Em contraste, o Shanghai Composite Index da China fechou em leve queda de 0,12%, a 3.635,13 pontos.
A performance robusta do mercado dos EUA, em particular o setor de tecnologia, sublinha o impacto significativo que grandes investimentos corporativos podem ter no desempenho global das ações. O investimento da Apple não é apenas um impulso para a economia dos EUA, mas também um reflexo de uma estratégia mais ampla para diversificar sua cadeia de suprimentos e mitigar riscos geopolíticos. A empresa, que já apoia mais de 450.000 empregos de fornecedores e parceiros em todos os 50 estados, planeja contratar diretamente 20.000 novos funcionários nos EUA nos próximos quatro anos, com foco em P&D, engenharia de silício, desenvolvimento de software e inteligência artificial. Essa expansão doméstica, que inclui parcerias com empresas como Corning, Texas Instruments e Broadcom, visa criar um ecossistema de fabricação de semicondutores de ponta nos Estados Unidos, com a TSMC no Arizona já produzindo dezenas de milhões de chips para a Apple usando tecnologias avançadas. A iniciativa da Apple, parte de seu 'American Manufacturing Program', também incentiva outras empresas globais a fabricar componentes críticos nos EUA, fortalecendo a resiliência da cadeia de suprimentos em face de incertezas comerciais globais e ameaças tarifárias.