Em 30 de julho de 2025, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva impondo uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras. A medida, que entrará em vigor em 6 de agosto, segue tarifas anteriores de 10% sobre produtos brasileiros.
O governo brasileiro reagiu indicando que buscará negociações com os Estados Unidos para tentar evitar a tarifa. O presidente Lula afirmou que o Brasil negociará como um país soberano e não aceitará participar de uma guerra fria contra a China.
O vice-presidente Geraldo Alckmin confirmou que 35,9% das exportações totais do Brasil para os EUA enfrentarão a tarifa mais alta. Ele também mencionou que o governo trabalhará para convencer os EUA a reduzir as tarifas sobre as exportações brasileiras de café.
A ordem executiva de Trump inclui isenções para cerca de 700 produtos, incluindo aeronaves civis e componentes, alumínio, estanho, pasta de madeira, produtos energéticos e fertilizantes. Essas isenções representam cerca de 45% dos produtos exportados pelo Brasil.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que as negociações com os EUA continuarão e que o Brasil recorrerá às autoridades apropriadas nos EUA e em tribunais internacionais. Haddad também mencionou que há "injustiças" na ordem executiva que precisam ser corrigidas.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu a negociação em vez de retaliação. O presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que não há justificativa técnica ou econômica para o aumento das tarifas e que a negociação é o melhor caminho para convencer o governo americano de que a medida é prejudicial para ambos os países.
O governo brasileiro considera injustificável o uso de argumentos políticos para defender as medidas comerciais anunciadas pelos EUA contra as exportações brasileiras.