IA e o Domínio do Inglês: Impacto no Mercado de Trabalho e Desafios Linguísticos

Editado por: Vera Mo

O inglês se tornou um requisito fundamental para muitas posições de destaque, e essa tendência se intensifica com a influência da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho. A predominância do inglês nos dados de treinamento de IA pode marginalizar falantes de outros idiomas, aumentando as desigualdades.

Estudos indicam que aproximadamente 90% dos dados de treinamento para sistemas de IA generativa derivam de fontes em inglês. Essa dependência de dados em inglês consolida seu domínio e pode resultar em exclusão e potenciais preconceitos, já que sistemas de IA treinados com dados em inglês podem apresentar desempenho inferior ao processar outros idiomas.

A Microsoft está investindo no desenvolvimento de modelos de linguagem multilíngues, visando uma representação linguística mais inclusiva na IA. A empresa alocará equipes de seus centros de inovação em Estrasburgo, França, para apoiar o desenvolvimento de modelos de linguagem mais multilíngues. A Microsoft também lançará uma chamada de propostas para aumentar a oferta de conteúdo digital em dez idiomas europeus.

A falta de diversidade linguística na IA pode levar a uma crescente "brecha digital", onde serviços e tecnologias de IA são menos eficazes para cidadãos que não falam inglês.

Iniciativas como as da Microsoft buscam garantir que os benefícios da IA sejam acessíveis a todos, independentemente do idioma. A Microsoft pretende melhorar o desempenho da IA nas línguas europeias, reconhecendo que os modelos de IA são menos capazes quando estão em uma língua com dados insuficientes.

A Comissão Europeia tem se manifestado sobre a importância da diversidade linguística na IA, lançando o Consórcio para uma Infraestrutura Digital Europeia da Aliança para as Tecnologias da Linguagem (ALT-EDIC) e do Espaço de Dados Linguísticos (LDS). Criada em fevereiro de 2024, a ALT-EDIC inclui 17 Estados-Membros participantes e 9 Estados-Membros e regiões observadores.

O desequilíbrio na representação de idiomas nos dados de treinamento de IA é um desafio que precisa ser enfrentado para garantir que a IA beneficie a todos. A Microsoft está expandindo a iniciativa Culture AI, dedicada à salvaguarda de línguas, monumentos e artefatos históricos, através da criação de réplicas digitais.

A diversidade linguística é um componente essencial da diversidade cultural, e a UE tem vários programas e fundos para promover o ensino e uso de idiomas regionais e minoritários.

A inteligência artificial tem despertado mudanças significativas em várias indústrias e continua a ser uma área em rápida evolução. A inteligência artificial generativa refere-se a sistemas que criam novos conteúdos a partir dos dados de entrada.

A Microsoft anunciou novas medidas para melhorar a representação das línguas europeias nos modelos de inteligência artificial e facilitar o acesso digital a ativos culturais importantes do continente.

A falta de profissionais qualificados é um desafio crescente no mercado de trabalho, com novas profissões surgindo na área de IA.

A União Europeia pretende assegurar a liderança tecnológica e o respeito pelos valores, direitos fundamentais e princípios que a norteiam.

As tecnologias da linguagem permitem que as máquinas leiam, analisem, processem e gerem a linguagem humana.

A proficiência em IA está se tornando uma habilidade profissional essencial.

A inteligência artificial generativa pode ter um contributo positivo no mercado de trabalho.

Fontes

  • Financial Post

  • University of Western Australia

  • ITPro

Encontrou um erro ou imprecisão?

Vamos considerar seus comentários assim que possível.