A Academia de Cinema Espanhola anunciou mudanças nas bases da 40ª edição dos Prêmios Goya, programada para fevereiro de 2026 em Barcelona. As novas diretrizes estabelecem que apenas obras cinematográficas com criação e desenvolvimento artístico e técnico liderados por pessoas físicas identificáveis poderão concorrer aos prêmios. O uso de sistemas de inteligência artificial (IA) será permitido apenas como ferramenta de apoio nas diversas fases de desenvolvimento da obra, desde que não substitua a autoria humana e que elementos fundamentais do filme não sejam gerados sem supervisão direta e intervenção criativa substancial por parte de profissionais responsáveis.
Além disso, a Academia determinou que apenas uma pessoa por categoria premiada poderá intervir como porta-voz do grupo para oferecer o discurso de agradecimento durante a cerimônia. Essa pessoa deverá ser designada previamente e comunicada à Academia com a devida antecedência. O discurso de agradecimento não poderá exceder um minuto de duração, com exceção de casos excepcionais avaliados pela Junta Diretiva.
Outras modificações incluem a possibilidade de um produtor executivo, além dos produtores, concorrer à categoria de Melhor Filme, desde que tenha participado significativamente no desenvolvimento da obra. Na categoria de Direção de Arte, o cargo de decorador será aceito nos casos em que não haja designer de produção ou diretor de arte acreditado. As bases também estabelecem um limite máximo de quatro pessoas inscritas por categoria, salvo em casos específicos que indiquem um número menor ou outra limitação particular.
Essas mudanças refletem o compromisso da Academia em adaptar-se aos desafios tecnológicos atuais, promovendo um uso ético e responsável da IA na indústria cinematográfica, sem comprometer a criatividade e a autoria humana.