Academia Europeia de Cinema Anuncia Lista Preliminar de 2026 e Alinha Prémios a Novo Calendário Global

A Academia Europeia de Cinema (European Film Academy) confirmou a sua reorientação estratégica ao divulgar a lista preliminar de 67 longas-metragens elegíveis para os Prémios Europeus de Cinema de 2026. Esta seleção inicial estabelece o panorama da produção cinematográfica europeia do ano anterior, culminando com a cerimónia principal agendada para 17 de janeiro de 2026, em Berlim. Esta alteração de data, após quase quatro décadas, visa integrar o evento no centro da temporada internacional de premiações, maximizando a visibilidade dos talentos europeus, conforme comunicado pela liderança da Academia.

A diversidade criativa europeia manifesta-se claramente nas escolhas iniciais para a categoria de documentários. Entre os títulos destacados encontram-se obras como Afternoons of Solitude, de Albert Serra (Espanha/França), e Militantropos, uma coprodução (Ucrânia/Áustria/França) dirigida por Yelizaveta Smith, Alina Gorlova e Simon Mozgovyi. A inclusão de Militantropos no lote inicial sublinha a relevância de narrativas que abordam traumas políticos e a resiliência humana no contexto contemporâneo.

Paralelamente, foram revelados os cinco concorrentes ao Prémio do Público LUX de 2026, uma distinção concedida em parceria com o Parlamento Europeu para fomentar o debate sobre questões sociais e políticas urgentes. Os filmes nomeados incluem It Was Just an Accident e Sentimental Value. Estes filmes terão exibições gratuitas em toda a União Europeia até abril de 2026, com a revelação do vencedor a ocorrer em Bruxelas. É um marco notável que, pela primeira vez, os finalistas do LUX serão legendados em todos os 24 idiomas oficiais da UE, reforçando o compromisso com a acessibilidade universal.

Esta reorganização do calendário cria uma janela promocional mais ampla para o cinema europeu antes de eventos globais como os Óscares, refletindo uma visão de maior impacto e interconexão no cenário cinematográfico mundial. Os 5.400 membros votantes da Academia iniciam agora um período de avaliação aprofundada, ponderando a qualidade artística e a ressonância temática das obras. A intenção é clara: elevar o patamar de visibilidade e influência do cinema produzido no continente, transformando cada fase do processo numa oportunidade para a arte europeia se afirmar no palco global.